Começo por dizer que este livro me foi dado por amigos queridos que têm o dom de me oferecer livros que me marcam para a vida e este não é excepção.
De forma extremamente redutora, posso dizer que esta é a história da amizade entre dois meninos de 9 anos, o Bruno e o Shmuel, o primeiro filho de um oficial nazi, o segundo um menino judeu no campo de concentração de "Acho-Vil" (lembra-vos alguma coisa?). Como leitores, assumimos o ponto de vista de Bruno para uma realidade que desconhece e em que filtra pelo seu olhar inocente uma das épocas mais vergonhosas da história da humanidade. Espantosa a forma como o autor consegue guiar-nos por um caminho em que sabemos mais do que a personagem e espantosa também a forma como, num cenário que rapidamente conseguimos visualizar como horrendo, conseguimos sorrir com as conjecturas de Bruno e com a doçura de duas crianças que não compreendem a realidade que as rodeia, não por falta de inteligência, mas por falta de maldade.
Muito mais se poderia dizer e são múltiplas as sensações de quem o acaba de ler, até porque termina da forma mais surpreendente, mas também mais lógica.É, afinal, como é referido na contracapa, "uma história especial e muito difícil de descrever", uma história de amizade com uma vedação pelo meio, "vedações como essa, existem um pouco por todo o mundo".
Mas, como se diz a dado passo nesta história, "claro que tudo isto aconteceu há muito tempo e nada parecido poderá voltar a acontecer. Não nos dias de hoje, não na época em que vivemos."...
Será que não??... Oxalá que não!
Um livro a ser lido por todos, para bem da Humanidade.
1 comentário:
Também li este livro e me tocou imenso!!!
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