quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Em processo de leitura...

Este é o amigo que me acompanha, há algum tempo, na mesa de cabeceira. O ano lectivo começou e só tenho tido tempo para acompanhar a cada dia, mesmo antes de dormir, algumas páginas da aventura de Daniel Sempere e o feitiço dos livros, a sua paixão gorada por Clara e a tão desejada caneta de Victor Hugo. É lenta esta minha leitura, porque, entretanto, vagueio pela minha estante e pelos meus livros para levar aos meus novos alunos a sua própria "Sombra do Vento", ou seja, o livro que lhes está destinado e lhes abrirá a porta para o mundo mágico da leitura. Amanhã mesmo terei uma aula em que pegarei em alguns dos meus livros preferidos para lhos apresentar, para perceberem do que gostei em cada um deles, o que me conquistou, qual varinha mágica. É este mundo mágico da leitura que quero levar para a escola e apresentar aos meus alunos, olhando-os nos olhos e tentando perceber qual o livro ideal para cada um deles. Ainda hoje, um dos mais rebeldes dos meus meninos, antes de sair da sala de aula, disse-me "Stora, veja lá então se descobre na sua estante um livro que seja a minha cara" e assim assumo o papel de maga, feiticeira ou adivinha que tem que encontrar a poção mágica adequada para manter o feitiço.
Quanto a Daniel Sempere, continuará a acompanhar-me na mesa de cabeceira, onde esta noite desvendarei mais umas páginas... em espera tenho outros, tantos!... "O Leitor", " Pássaros sem Asas"... e tantos tantos outros. E a lista será cada vez maior...


PS- se alguém que passe por este blogue souber se será possível as editoras doarem livros com defeito (que obviamente não possam ser vendidos) ao Centro de Recursos de uma Escola Profissional pivada, diga-me por favor. Precisamos de enriquecer a nossa biblioteca para que os nossos meninos tenham mais por onde escolher. Obrigada!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A Arte de Amar


A capa... interessante, a autora... apeteceu-me dar-lhe uma oportunidade (depois da desilusão de "Uma Villa em Itália"), a sinopse... razoável, o título... recordou-me um homónimo de Ovídio e a minha veia de classicista levou a melhor e eu trouxe o livro para casa.
Lê-se facilmente, mas, para quem já teve uma desilusão com um livro desta autora, este não é melhor. Há qualquer coisa que, quanto a mim, não funciona nas suas histórias e não me convence. O desfecho acaba por ser, mais uma vez, abrupto e parece sempre uma tentativa forçada de "arrumar a casa", dar destino a cada uma das personagens de forma muito pouco natural. Diria que a história começa bem, vai-se desenrolando e as personagens vão-se entrelaçando e, quando tudo parece bem encaminhado, a base do edifício vacila e tudo tem que ser rapidamente escorado, porque, a qualquer momento, a edificação pode desabar.
Foi esta a sensação que tive nos dois livros da autora. Definitivamente, não me convence.
Lamento, mas a léguas de distância do homónimo de Ovídio, esse sim "A Arte de Amar".