sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mais aquisições para a minha biblioteca

E a minha biblioteca continua a crescer. É um vício e uma tentação e, de vez em quando, tenho recaídas. Hoje foi um desses dias. Estou a ler "Enquanto Salazar Dormia" de Domingos Amaral (por sinal uma leitura muito interessante) e, numa passagem por um hipermercado, lá espreitei a secção dos livros e tive que trazer alguns comigo.
Assim, os meus novos companheiros (e que engrossam a lista de livros que tenho para ler) são:

Pássaros sem Asas
Autor: Louis de Bernières
Editora: Edições Asa
Págs: 686

Um livro aconselhado por uma amiga querida que já tinha feito um post sobre ele no seu blog ("Ao Sabor dos Livros") e ontem me voltou a falar nele. Hoje não resisti e trouxe-o comigo.



Aquele Verão na Sicília
Autor: Marlena de Blasi
Editora: Quidnovi
Págs: 270

Este livro chamou-me a atenção pela capa. Sou uma apaixonada por Itália e cá está a Sicília no título e fotografia da capa. Li a sinopse e rendi-me, é a "história de pessoas e acontecimentos reais", "o relato fiel de um amor que atravessa a história do séc. XX, contado por quem o ouviu com a magia que merece."


Marcada
Autor: P. C. Cast e Kristin Cast
Editora: Saída de Emergência
Págs: 308

Este seria um livro improvável na minha biblioteca. Eu dizia para mim própria "não leio livros de vampiros. Que parvoíce!". Pois é, mas participei num passatempo do blog "Estante de Livros" e tive que ler os primeiros capítulos deste livro. Fiquei curiosa quanto ao resto. Hoje, dei de caras com ele e... cá está ele.


E pronto, a pilha de livros aumenta, a minha estante quase rebenta, mas... estou mais feliz um bocadinho!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O Rapaz do Pijama às Riscas

Começo por dizer que este livro me foi dado por amigos queridos que têm o dom de me oferecer livros que me marcam para a vida e este não é excepção.
De forma extremamente redutora, posso dizer que esta é a história da amizade entre dois meninos de 9 anos, o Bruno e o Shmuel, o primeiro filho de um oficial nazi, o segundo um menino judeu no campo de concentração de "Acho-Vil" (lembra-vos alguma coisa?). Como leitores, assumimos o ponto de vista de Bruno para uma realidade que desconhece e em que filtra pelo seu olhar inocente uma das épocas mais vergonhosas da história da humanidade. Espantosa a forma como o autor consegue guiar-nos por um caminho em que sabemos mais do que a personagem e espantosa também a forma como, num cenário que rapidamente conseguimos visualizar como horrendo, conseguimos sorrir com as conjecturas de Bruno e com a doçura de duas crianças que não compreendem a realidade que as rodeia, não por falta de inteligência, mas por falta de maldade.
Muito mais se poderia dizer e são múltiplas as sensações de quem o acaba de ler, até porque termina da forma mais surpreendente, mas também mais lógica.
É, afinal, como é referido na contracapa, "uma história especial e muito difícil de descrever", uma história de amizade com uma vedação pelo meio, "vedações como essa, existem um pouco por todo o mundo".
Mas, como se diz a dado passo nesta história, "claro que tudo isto aconteceu há muito tempo e nada parecido poderá voltar a acontecer. Não nos dias de hoje, não na época em que vivemos."...
Será que não??... Oxalá que não!
Um livro a ser lido por todos, para bem da Humanidade.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Mais um "selinho"


E eis que chega um "selinho", atribuído pela Marta da Chuva de Livros. Muito obrigada, Marta! Estes prémios podem ser coisas muito simples, mas são gestos de carinho e reconhecimento, daí o meu obrigada.

Relativamente às regras, são as seguintes:

Escolher 5 situações da vida para passar em câmara lenta;
Em segundo lugar, passar o desafio e o prémio a 12 blogues e avisá-los.

Vamos ver se estou inspirada...

1- O dia em que o meu irmão nasceu (tinha eu 4 anos), mais concretamente o momento em que o meu pai me pegou ao colo para ver aquele quase Menino Jesus loirinho.

2- O dia em que conheci o meu sobrinho, tinha ele 2 dias, dormia sossegadinho na cama da maternidade.

3- Todos os momentos que passo com o meu sobrinho e com o seu sorriso mágico.

4- Os momentos de grande tagarelice que passei com a minha querida avó, que já partiu.

5- Todos os momentos bons que ainda estiverem para vir.

Uff! Já está! Agora os blogs que considero merecerem este "selinho" (a ordem é aleatória):

1- As Valsas Invisíveis
2- Floresta das Leituras
3- Mil Livros, Um Sonho
4- Cartas de Tantas Léguas
5- Há Vida em Marta
6- Viajar pela Leitura
7- .........

Escolhi seis (metade do que as regras mandam), mas foram aqueles em que, tendo em conta o selo que é ("O teu blog merece ser filmado"), entrei nos blogs que referi e consegui imaginá-los com vida, em filme. Deixo os outros seis ao critério dos leitores deste blog e mais, se quiserem pegar na ideia deste "selinho", estão à vontade para o fazer.

Boa viagem pela blogoesfera e pelos livros!... e bom fim de semana!

sábado, 13 de junho de 2009

Fernando Pessoa - poeta do meu país

Fernando António Nogueira Pessoa nasceu em Lisboa, a 13 de Junho de 1888, faz hoje, portanto, 121 anos. Partiu cedo, aos 47 anos, de cólica hepática. Partiu o homem, mas ficou a obra imortal. O poeta de múltiplas personalidades literárias, o poeta do meu país que elegeu a sua língua materna como sua pátria ("A minha pátria é a língua portuguesa").
Dos seus heterónimos, o que me conquista por completo é Alberto Caeiro, pela simplicidade, é o poeta da natureza, o poeta do olhar, que aceita, desfruta a vida e é feliz. Da produção do ortónimo, a "Mensagem" é, para mim, magistral. Da sua imensa produção literária (julgo que ainda nem toda editada), não tenho um poema favorito, tenho vários.
Nesta simples homenagem ao grande poeta do meu país, aqui deixo dois dos meus poemas favoritos, um de Ricardo Reis e outro de Fernando Pessoa, ele mesmo:

                 "Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive."

Ricardo Reis


Mar Português

"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."

Fernando Pessoa, in Mensagem


sexta-feira, 12 de junho de 2009

A Virgem Cigana


Descobri este livro numa das minhas idas às compras num hipermercado. Como não podia deixar de ser, passei, como é meu hábito, pela secção dos livros, onde gosto de parar, olhar, pegar em alguns livros, ler a contracapa ou as badanas. Devo dizer que, comigo, o marketing é muito eficaz, porque as capas e os títulos seduzem-me com muita facilidade. Foi assim que trouxe comigo este "Virgem Cigana" de Santa Montefiore. Além da própria autora me despertar a curiosidade e nunca ter lido nada dela, a capa deste livro e o seu título conquistaram-me.
Li-o agora, nos dois últimos dias. É fácil de ler e a história é envolvente. Embora o ponto de vista da acção seja masculino, através de Mischa, um francês, filho de pai alemão, que se torna americano, a verdade é que a escrita me parece tipicamente feminina. É então a história de Mischa e da sua mãe Anouk (aqui veio-me à memória Joanne Harris, mas o estilo não me parece assim tão semelhante). A acção oscila entre o passado - 1948, o pós-guerra, em França - e o presente - 1985, Estados Unidos da América. É uma viagem de Mischa ao passado, pela memória e geograficamente, é a personagem em busca de si próprio após a morte da mãe. Uma viagem que explica o título do livro (para mim de forma surpreendente), que nos leva a ver os dois lados da II Guerra Mundial, em que nem todos os alemães foram cruéis, nem todos os aliados (neste caso os franceses) foram humanos. É também uma história de esperança, de um homem que se julgava vazio pelas desilusões da vida e encontra o amor da forma mais surpreendente e que, no entanto, esteve sempre lá.
Uma leitura agradável e interessante. Gostei e quero ler outros livros da autora!